11/20/2005


PAPAI, MEU QUERIDO,
QUANTAS SAUDADES!

Ontem, ao rever velhos papéis, encontrei uma cartinha amarelada pelo tempo.
Lembrei-me dela. Você a escreveu, carinhosamente, quando eu completei 15 anos...
Quantos anos já se foram!Eu apertei, junto ao peito, aquela velha carta e a saudade bateu forte,muito forte.
Aquela velha carta levou-me de volta ao passado...
Quanto chorei quando a li! Havia tanto amor, tanta emoção nela!
Verdades em meias palavras escritas. As palavras não eram necessárias a que você falasse do seu amor por mim; um amor tão puro, tão do seu jeito de ser; um amor que era amor de verdade.
Você sabia amar sem cobrar, sem pedir, nem exigir nada em troca...
Senti muita emoção ao relê-la, embora, eu a saiba de cor.
Mas, para não chorar, para você não me sentir triste, a guardei, a escondi, sentindo no silêncio da noite esta saudade doída, esta angústia de saber que nunca mais verei esse pai tão maravilhoso, tão amigo, conselheiro, compreensivo, que você foi, e que tanto amei, amo, de quem sinto inenarráveis saudades.
Saudades... Saudades! Nada mais existe.
Não se pode voltar no tempo, e eu queria tanto apenas lhe dizer:
Pai, como eu amo você!